O número de dentistas ligados ao SUS (Sistema Único de Saúde) cresceu 49% entre 2002 e 2009, de 40.205 para 59.958, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (2).
Estão incluídos no levantamento dentistas com tempo integral ou parcial na rede pública e das equipes de saúde bucal, assim como professores do ensino superior público com dedicação exclusiva.
Os dados fazem parte do estudo sobre o perfil do cirurgião-dentista brasileiro, realizado pela Estação da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e da Rede de Observatório de Recursos Humanos em Saúde do Brasil, vinculada ao Ministério da Saúde.
Para o coordenador nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, o investimento no Programa Brasil Sorridente, criado em 2004, e a consequente expansão dos serviços públicos na área de odontologia foram fundamentais para essa mudança no quadro de profissionais.
- É a primeira vez que o Brasil tem uma política nacional de saúde bucal articulada com o SUS. Aumentamos em mais de 100% o financiamento para essas ações. A saúde bucal é inseparável da saúde da população e, hoje, é o SUS que garante atendimento odontológico à maior parte da população, afirma o coordenador.
Equipes de Saúde Bucal também crescem
Entre 2002 e 2009, o número de ESBs (Equipes de Saúde Bucal) passou de 4.261 para 18.982, um aumento de 345,5%, de acordo com o Ministério da Saúde. Cada equipe é formada por, pelo menos, um dentista e um auxiliar de consultório. Esses profissionais estão aptos a fazer restaurações, aplicação de flúor, resinas e próteses dentárias gratuitas, entre outros procedimentos.
As ESBs atuam em 4.117 municípios, o equivalente a 84,8% das cidades brasileiras. Em 2002, o número era de 2.302 ou 41,4% do total de municípios. Com o aumento na quantidade de equipes e de profissionais, a cobertura do Programa Brasil Sorridente passou de 26,1 milhões para 91,3 milhões de pessoas entre 2002 e 2009, um aumento de 250%.
O número de CEOs (Centros de Especialidades Odontológicas), por sua vez, cresceu 708% entre 2004 e 2009, de 100 para 808. Os CEOs oferecem tratamento de canal e de gengiva, atendimento a pacientes com necessidades especiais e diagnóstico de câncer bucal, entre outras especialidades. Eles complementam o trabalho das Equipes de Saúde Bucal, responsáveis pelo primeiro atendimento.
Os dados do levantamento foram extraídos de bancos de dados que possuem informações sobre os cerca de 220 mil dentistas registrados no CFO (Conselho Federal de Odontologia). Além desse órgão, participaram do estudo a ABO Nacional (Associação Brasileira de Odontologia), a Abeno (Associação Brasileira de Ensino Odontológico) e a APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-dentistas), entre outras entidades.
Fonte: R7
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